Restrição de estacionamento por no máximo duas horas e fim da carência de quinze minutos confundem muitos motoristas no centro de Londrina
Mariana Fabre
Desde o último dia 12 de maio, motoristas londrinenses têm se deparado com mudanças no sistema de Zona Azul, velho conhecido dos que precisam estacionar no centro da cidade. Com as novas regras, os proprietários de veículos não poderão ficar mais de duas horas estacionados no mesmo local, sob pena de serem multados no valor de R$ 53,00, além de perderem três pontos na carteira de habilitação.
Para a professora Maria das Graças Marques, a limitação de estacionamento em duas horas evita que alguns motoristas, como donos de loja, estacionem o carro no mesmo local o dia inteiro, impedindo a rotatividade necessária para o sistema. Outra alteração na Zona Azul é a obrigação de pagamento adiantado dos cartões. Anteriormente, quando um carro ultrapassava o tempo de permanência determinado pelo primeiro cartão, os funcionários da Zona Azul colocavam novos boletos e o acerto era feito na saída do veículo.
Essas mudanças foram anunciadas pela Prefeitura sem, entretanto, ter sido definida previamente uma data para implementação, o que causou grande confusão no centro da cidade na semana passada. A alteração que mais causou polêmica entre os londrinenses foi o fim da carência de 15 minutos. Agora, não há mais a possibilidade de parar o carro por um curto espaço de tempo em área de Zona Azul sem ter que comprar um cartão.
Segundo Graça, a grande desvantagem desse novo sistema de Zona Azul implantado em Londrina é o fim da carência. “Não devem acabar com os quinze minutos de carência, porque assim as pessoas irão pagar por uma hora inteira e estacionar por pouco tempo. A carência da Zona Azul deve funcionar como os quinze minutos destinados para paradas rápidas em frente às farmácias”.
Devido à polêmica causada pelo novo sistema, um grupo de vereadores solicitou ao prefeito Nedson Micheleti e ao presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Mauro Yamamoto, a suspensão das novas regras de Zona Azul, alegando que as mudanças prejudicam os londrinenses e o comércio do centro. Os vereadores também pedem que a CMTU cancele as eventuais multas de trânsito aplicadas nesse período, até que seja realizada uma audiência pública.
O diretor de Trânsito da CMTU, Álvaro Grotti Júnior, afirmou que a Prefeitura estuda a revisão de algumas medidas do novo sistema. Na última quarta-feira, dia 21, foi realizada uma sessão na Câmara de Londrina, onde se reuniram representantes da Epesmel, Acil, Ministério Público, CMTU, IPPUL e Procuradoria Jurídica da Prefeitura para tratar das mudanças na Zona Azul de Londrina.